A viagem foi decidida de forma repentina. Leonardo apareceu na manhã de sábado com uma mala pronta e um convite direto:

— Preciso de você longe de tudo isso. Só por um final de semana. Topa?

Isabela hesitou por um segundo. Tinha reuniões marcadas, tarefas pendentes… mas quando olhou nos olhos dele, viu a urgência silenciosa — não só pela fuga, mas por um tempo com ela. Por eles.

— Sim — disse, pegando sua bolsa. — Só preciso de quinze minutos.

O destino era uma casa de campo nos arredores de Montserra, isolada entre montanhas e cercada por um lago calmo. O lugar era aconchegante, rústico e absolutamente silencioso. Nenhum ruído da cidade, nenhum telefonema, nenhuma interrupção.

Na primeira noite, jantaram à luz de velas na varanda. Isabela usava um moletom dele — muito largo para o corpo pequeno —, e Leonardo tinha os pés descalços e o olhar sereno.

— Nunca pensei que o silêncio pudesse ser tão confortável — comentou ela.

— Talvez porque a gente aprenda a gostar dele quando está ao la