Na manhã de segunda-feira, Leonardo acordou com o celular vibrando insistentemente sobre a mesa de cabeceira. Eram seis da manhã. O número na tela pertencia ao seu advogado pessoal, algo que só acontecia quando os problemas não podiam mais esperar.
— Fala, Samuel — atendeu com a voz rouca de sono.
— Preciso que venha agora para a sede da Vasconcellos Incorporadora. Tivemos um vazamento de documentos e… o nome da empresa está nos principais jornais financeiros do país.
Leonardo se sentou na cama de supetão. Isabela, ao seu lado, despertou assustada.
— O que aconteceu?
— Não sei ainda. Mas vou descobrir.
A sede da Vasconcellos estava em polvorosa. Papéis sendo impressos às pressas, pessoas correndo de um lado para o outro, e uma tensão no ar que dava gosto amargo na boca. Ao entrar na sala de reuniões, Leonardo foi recebido com expressões fechadas de seus diretores e conselheiros.
— Vazaram contratos antigos — explicou Samuel. — A maioria ligados à época em que seu pai ainda era preside