O castelo nunca parecia silencioso. Mesmo em meio à noite, entre sussurros de criados e a vigília constante dos guardas, Elise sentia o peso do trono pressionando sobre seus ombros. Sentada diante da lareira em seus aposentos, seus dedos deslizavam distraídos sobre o ventre, onde crescia o futuro do reino.
As palavras de Astor ainda ecoavam em sua mente. "Proteger você e os bebês." Uma promessa ou uma advertência? Conhecia bem o rei. Astor não era um homem que se movia sem propósito. Por que agora, de repente, demonstrava uma preocupação tão direta? Sempre soubera que os filhos que carregava seriam um ponto central de disputas, mas a forma como ele olhara para ela naquela noite sugeria algo mais profundo. Algo que talvez nem ele estivesse disposto a admitir.
Uma batida leve na porta interrompeu seus pensamentos.
— Entre — disse, sem desviar o olhar das chamas.
Seraphine surgiu, sua presença sempre discreta, mas carregada de uma intensidade contida. A dama de companhia observou Elise p