O silêncio dos corredores do castelo tornava o isolamento de Elise ainda mais evidente. Desde a chegada de Seraphine, as interações com os reis haviam se tornado cada vez mais escassas. Eles continuavam ao seu lado nos compromissos necessários, mas a proximidade que compartilhavam antes parecia se dissipar lentamente. Era impossível ignorar o sentimento de deslocamento que a consumia. Agora, tudo parecia diferente, e não saber o que se passava na mente deles a atormentava.
Quando o médico real chegou para avaliá-la, Elise sentiu um alívio momentâneo. Ao menos alguém ainda se preocupava com sua saúde e a do bebê. Durante o exame, ele a analisou com atenção, sua expressão neutra adquirindo um leve franzir de sobrancelha.
— Algo está errado? — ela perguntou, sentindo um aperto no peito.
O médico hesitou por um instante antes de responder.
— Não diria errado, Majestade, mas curioso. Pelo seu tempo de gestação, a evolução do bebê parece um pouco mais avançada do que o esperado. — Ele pauso