Astor aparece ao lado da janela, observando o céu enegrecido pelo fim da tarde. O clima parecia refletir o estado de sua mente: nublado, carregado, prestes a sofrer em uma tempestade. As palavras de Elise ainda ecoavam em seus pensamentos:
"Eles não vão parar até conseguirem o que querem."
Ele fechou os olhos, apertando o punho contra a pedra fria da parede. Apesar de sua postura sempre firme, ele não conseguia ignorar o turbilhão de sentimentos que crescia dentro de si. O que antes parecia apenas um jogo de alianças políticas agora tomava uma dimensão completamente diferente. Elise era uma peça fundamental nesse tabuleiro, e a criança que ela carregava — o herdeiro ou heirdeira — poderia ser tanto uma vitória quanto uma maldição.
Houve um ruído suave atrás de si, e ele se virou no tempo de ver Lucian entrando no gabinete. O outro rei carregava consigo a mesma expressão que Astor reconhecia no próprio rosto: cansaço misturado com preocupação.
— Não consegue descansar? — perguntou Luci