Henrique fixou os seus olhos profundos como a noite em Carolina. Seus olhos eram puros como cristais, era ela.
Mas também era a mesma pessoa que mentia sem hesitação, expressando amor com seriedade, quando na realidade, não sentia nada, observando friamente enquanto ele caía numa armadilha.
Um pensamento fugaz cruzou a mente de Henrique, ele zombou com um sorriso irônico, mas mulheres nunca lhe faltaram; esses truques vis e cruéis só o enojavam.
Henrique desviou o olhar, a sua voz soou fria e distante:
- Vá direto para o cartório, você não merece andar no meu carro.
Carolina assentiu em choque e saiu arrastando os pés.
Paola olhou para Henrique e perguntou com olhos brilhantes:
- Henrique, vocês não podem conversar adequadamente? Agora estão emocionalmente exaltados, talvez haja espaço para uma solução após acalmarem os ânimos.
- Você não precisa se intrometer nos nossos assuntos.
Paola ficou pálida, assentiu com a cabeça e não disse mais nada:
- Então, vou esperar por você.
Paola obse