Eu escolhi o vestido mais ousado do meu armário. Um vermelho escarlate tão intenso que parecia feito de pecado líquido. Tinha alças finas que quase desapareciam sobre meus ombros, um tecido justo que abraçava cada curva como se tivesse sido costurado direto na minha pele. As costas nuas deixavam exposta a linha delicada da minha coluna, o decote mergulhava perigosamente entre os meus seios, e a fenda lateral subia como uma provocação até quase o quadril. Nos pés, optei por saltos finíssimos prateados. Nos lábios, um batom vinho escuro. Nos olhos, delineado preciso, olhar de quem não pedia permissão.
A escolha do perfume, também não foi aleatória. Ele tinha um aroma adocicado e provocante, cheiro que dizia: cuidado, eu posso te destruir com um sorriso.