A noite caiu quente no interior, envolvendo a fazenda num manto de sons e cheiros típicos do campo. O zumbido dos grilos, o coaxar dos sapos e o farfalhar do vento nas folhas formavam uma sinfonia viva, misturada ao ronco distante do motor da caminhonete de Maurício, estacionada na frente da casa, os faróis acesos iluminavam o cascalho da estrada de terra.
Do alpendre, vozes baixas se misturavam ao cheiro doce de terra úmida e perfume. Catarina ajeitava os últimos detalhes no cabelo, enquanto Maria, divertida, dava palpites exagerados sobre os looks de todo mundo. Taylor, parado ao lado da caminhonete, esperava com os braços cruzados. O corpo apoiado contra a lataria, o chapéu baixo sobre a cabeça, escondendo um sorriso paciente, mas os olhos azuis atentos, rastreavam cada movimento ao redor.
Foi então que Lila apareceu e o tempo pareceu desacelerar por um instante.
Ela desceu os degraus da varanda com passos lentos, o coração batendo tão rápido que ela podia sentir as batidas nos ouv