Ela se agarrou a ele, ficou emotiva com medo dele voltar casado
— Inshalá! Meu Amir Habibi, volte logo, você alegra os meus olhos, aquece os meus dias.— Que Alá abençoe a sua viagem, sinto muito, por ter feito tantas coisas erradas.Ele se afastou lentamente a olhando nos olhos fixamente, a beijou sutilmente na boca, respirou fundo também emotivo, mexido, confuso e querendo acreditar nela, abriu a porta— Yalla! Preciso ver a minha irmã, antes de ir.— Quero que você cuide bem da casa, e compre os móveis.— Faça pesquisas, quero tudo do bom e do melhor, uma decoradora vai te ajudar.— Se você realmente, tiver a intenção, de se desculpar com a Jamila, ela poderá te ajudar, muito!— E eu, ficarei muito mais calmo, enquanto trabalho.Estavam descendo as escadas, ela se aproximou pegando no braço dele, acariciando— Por você eu farei isso, mas olha, se ela vier me bater de novo.ESaiu as deixando para trás, Baya correu se arrumar imitando Jamila, disse que não ia aceitar ser humilhada, foi para a casa dela, com Farrah, que logo voltou, dizendo que ela ia cuidar das crianças. Inaya ficou chateada em pensar que nunca seria bem tratada, pela cunhada, não fez nada o dia todo, ficou deitada assistindo, no final do dia, mandou uma mensagem para Mounir " Posso te mandar mensagens? Enquanto está fora ? " Ele estava ocupado, demorou quase uma hora e respondeu " Oii aconteceu alguma coisa? " Ela teve a sensação de que ele estava com a Dounia, não respondeu nada, tentou se conformar sozinha, quando Farrah foi embora, Inaya foi até a casa de Jamila, que era na mesma rua, avisou os seguranças e a moça, a acompanhou, quando ela tocou o interfone, Jamila saiu atender, ficou parada na porta séria — O que você quer, odalisca?— A sua irmã está muito ocupada! — É melhor voltar para sua casa. Inaya olhou para atrás dela, uma das crianças passando correndo, ficou séria ch
Inaya a acompanhou com o olhar, foi se deitar no outro sofá, com desleixo — Dançando, como a odalisca que sou.— Não é o que você pensa de mim? Cunhada? Jamila arqueou as sobrancelhas com ironia — Chama isso de dançar?— Pois nem isso, você sabe fazer. — Que Alá nos proteja. — Escuta bem, só vou falar uma vez e esperar pouquíssimos minutos. — Você quer ser acolhida? Ensinada?— Vou me dedicar a te ensinar tudo, bons modos, a cozinhar, agradar o homem, a ter respeito pelos mais velhos e os nossos costumes.— Coisas que já deveria saber, desde criança. — Enquanto o seu marido viaja, você vai me obedecer, eu não vou admitir mal comportamento. — Aprenda tudo o que é necessário, amadureça e seja forte, para me enfrentar, da maneira certa. — Quero lhe transformar na sua melhor versão.— Inshalá!— Vamos arrumar a casa, comprar os móveis, tapetes e te deixar muito bonita, ahhh e precisa aprender a dançar. — Se o seu casamento, depender da sua dança, coitadinha. — Agora, vá se troc
Ele sorriu surpreso— Eu não negaria, disso não tenho dúvidas Ayuni.— Vou precisar desligar, boa noite, que Alá a abençoe, durma bem e descanse. — Espero que realmente, esteja tudo bem. Ela se despediu garantindo que estava tudo certo, no dia seguinte teve que arrumar os quartos e o guarda roupa, Jamila a levou comprar tapetes e decorações mais típicas, passaram dois dias viajando, com as crianças, ficaram em um dos hotéis da família, Jamila a testou, perguntando se ela queria um biquíni, Inaya que realmente não tinha coragem de usar em público, respondeu com convicção — Laaa! É haram cunhada. — Gosto de me mostrar, só pro meu marido. — Para o Mounir, pode tudo. — Quero aprender a dançar melhor e colocar ele doidinho por mim. Jamila lhe mandou calar a boca, incomodada enciumada, mas caiu na risada, confessou que não gostava de se expor, enquanto elas se aproximavam, Inaya soube mais sobre os dois casamentos de Jamila e a conheceu melhor, viu que ela era muito correta, brava, e
Ele sorriu misteriosamente, a testando — Você verá quando entrarmos. Há uma pessoa especial lá que está ansiosa para vê-la.A decepção estampou-se no rosto de Inaya— Você não acha que eu deveria saber de tudo?— E se eu não quiser ir a essa festa? — Escuta aqui, Mounir, eu fiz tudo certo, aprendi até o que não era necessário para te agradar. — E agora você e sua família... sempre tramando contra mim. — Por Alá, que festa é essa? Cadê a minha irmã? Mounir deu um passo à frente e estendeu a mão— Estou muito orgulhoso de saber que você tem se esforçado. — Tenho rezado por nós todos os dias, pedindo para Alá nos abençoar.— Você não sabe como fiquei feliz ouvindo tantas coisas boas sobre você Habibiti. — Yalla, estão nos esperando. Você não confia em mim? — Quero poder confiar em você. — Até onde você iria por mim, por nós? Pelo nosso bem?— Quero que esteja ao meu lado, todos precisam ver que estamos nos harmonizando. — Você não ficou feliz comprando móveis, deixando sua casa
Ele ficou rindo, estavam conversando com os convidados, quando Jamila cochichou algo no ouvido dele, Mounir disse que precisavam ir para casa, Inaya logo pressentiu, que algo ruim estava acontecendo, ele não quis dizer nada, quando entraram em casa, ele a pegou pelas mãos chateado — A Baya vai embora, com o marido. — Ele veio para conversar e ela aceitou, eu sou testemunha. Inaya soltou as mãos dele — Vocês me enganaram! — Mounir, isso está errado, por Alá. Ele vai castigar ela! Mounir se aproximou da escada — La! Eles conversaram, pode ficar tranquila, estou cuidando da sua irmã. — Se ele fizer qualquer coisa, estou aqui. — Ela está lá em cima, vá se despedir, yalla. Inaya subiu as pressas, chorando, Baya estava cética, arrumando a mala, Inaya se aproximou desesperada, perguntando o que estava acontecendo, Baya sorriu sutilmente cabisbaixa — Alá nos abençoou também. Ele ia descobrir mesmo. — Estou grávida, fiz o outro teste hoje. — Meu marido está doente, devo c
Mounir nasceu no Egito e foi morar no Brasil ainda criança. Quando seus pais morreram, Halim, seu tio, acolheu ele e sua irmã. Ele teve uma criação rígida baseada nos costumes e na religião. Sua família é tradicional, ainda que dividida entre o Egito e o Brasil. Ele sempre se esforçou muito. Quando atingiu a maioridade, foi estudar fora, na Europa. Na primeira oportunidade, retornou e virou ceo na rede de hotéis de seu tio, que já de idade avançada, queria vê-lo casado de qualquer forma.Quando ninguém via, ele não seguia a religião de fato e, ainda que com medo, às vezes cometia vários haram. Foi bastante influenciado pelos anos longe de casa, mas respeitava muito o tio, como se fosse um pai. Halim ficava nervoso só de imaginar que seu sobrinho não era um verdadeiro exemplo de homem.Halim estava fazendo vista grossa para a enrolação de Mounir em se casar e construir uma família. Usando a doença, arrumou várias pretendentes para ele. O chamou para ir viajar com a família e, ao notar
Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo?Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada- Como vou saber?- Não te conheço.Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho.Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele.Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar.Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim s
Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present