Edineide Santos da Rosa
Ulisses veio e trouxe o carro. As crianças ficaram fazendo muitas perguntas, e quando ele me carregou, eles ficaram eufóricos.
Fui no colo dele, mas eu ainda estava sem graça, ele me olhava diferente.
— Eu ainda não acredito que veio mesmo, atrás de mim... — comentou com um sorriso, enquanto começava a dirigir.
— Você me viu, né?
— Vi, sim! Sabia que esse não é o meu único segredo? Se você for investigar cada um deles, terá que ser mais cuidadosa! — zombou.
— E, se não me contar, agora e eu descobrir depois, você está lascado! Já te adianto que não é uma boa ideia brincar comigo...
— Não estou brincando... — seguiu dirigindo.
— E, então me conte... quem é a vaca que você está de rolo? Porque se não vem todos os dias ver as crianças... — ele gargalhou.
— Ai, Edineide! Depois que voltarmos do médico, eu te levo no outro lugar que costumo ir e você não sabe! — o encarei com cara feia, o meu estômago chegou a revirar.