Collin Blackwood
A manhã seguinte chegou com o peso de uma noite mal dormida. As palavras de Sophie ecoavam em minha mente como um tambor incessante. O espaço que ela criara entre nós parecia intransponível, e a dor em seus olhos era um lembrete constante de que eu havia falhado com ela.
Levantei-me cedo, determinado a organizar meus pensamentos. Marianne e seu filho, Charles, ainda estavam na cidade. O menino, de cerca de dez anos, tinha olhos que não deixavam dúvidas sobre sua ligação comigo. A questão não era se ele era meu filho, mas o que essa revelação significava para mim, para Sophie e para nosso casamento.
Vesti-me rapidamente, ignorando o café da manhã. Cada passo em direção ao escritório parecia pesar mais do que o anterior. Havia muito a decidir, e o tempo não parecia estar ao meu lado.
Quando cheguei à sala, encontrei um envelope sobre a escrivaninha. O lacre estava intacto, e o nome de Marianne estava escrito com sua caligrafia fluida e elegante. Relutante, abri a carta,