Jason
Acordei devagar, como quem emerge de um pesadelo longo demais.
A primeira coisa que senti foi o cheiro dela.
Tomava o quarto inteiro. Cheiro de terra molhada, de mato, de loba. Minha.
Minhas pálpebras pesavam, mas forcei até abrir. A claridade branca do hospital quase me cegou.
Um quarto clínico. Teto pálido. O bip de um monitor marcando meu batimento.
Mas nada disso importava.
Porque ela estava ali.
Kiara.
Dormia na beirada do colchão, a cabeça apoiada nos braços cruzados. Ca