Solon
A sala do Supremo era um santuário de silêncio. Luxuosa, fria e intimidante, como o próprio dono dela. As janelas iam do chão ao teto, emoldurando um céu nublado que parecia prever o que estava por vir.
Ele estava de pé diante do vidro, as mãos cruzadas nas costas, observando o horizonte como se o mundo fosse seu jogo... e cada lobo, apenas uma peça a ser sacrificada quando necessário.
E talvez fosse.
"Você me chamou, meu lorde?" perguntei, controlando o tom, buscando soar reverente mesmo com a fúria latente que borbulhava por baixo da pele.
Ele não