Confissões de amor.
João Manoel, era sempre muito atencioso para com Ana, ela sempre muito tímida e retraída, o rapaz lhe fazia gestos de carinho, às vezes lhe trazia presentes da cidade, como chapéus, lenços e até mesmo vestidos, Ana sempre recusava todos eles, porém João Manoel insistia muito até faze-la aceitar.
:- Senhor João Manoel, eu não devo aceitar seus presentes.
- Por que motivo?
- Sou uma escrava! Escravas não devem ser presenteadas por seus senhores.
- Não me considere como seu senhor, considere-me como um amigo, ao menos um amigo.
- Desculpe-me, mais não posso considera-lo assim, o senhor é um fidalgo, eu uma escrava, somos diferentes ao extremo.
- Não vejo diferença alguma entre nós.
- Isso se dá pelo senhor ser um abolicionista, por isso considera tanto os escravos.
- Não é uma escrava qualquer, até sua educação é diferenciada, parece-me até uma moça de boa família.
- Não caçoe de mim senhor! Se, sou educada, devo isso a Dona Rosana, fui criada nessa fazenda desde que nasci, e el