O silêncio que se instala entre eles pesa mais do que qualquer resposta.
Mas Ava mantém o queixo erguido, tentando se agarrar à firmeza que lhe resta, mas o olhar de Hector, tão certo, tão desafiador, a desnorteia mais do que gostaria de admitir.
Ele se aproxima mais, como se desafiasse os limites que ela mesma impôs.
— Acho que não vai ser tão fácil quanto você imagina — murmura, com a mesma voz rouca que usou à noite quando estavam na piscina.
Mas Ava não se move. Não recua.
— O que quero ou deixo de querer, não diz respeito a você — rebate ela, com a voz fria e firme, mesmo que seu coração bata descompassado no peito. — Não quero me distrair com os seus joguinhos, Hector Moreau — dispara, cortante. — Só estou aceitando esse casamento porque preciso da sua ajuda — ela continua, sem lhe dar espaço para interromper — e você me prometeu que me ajudaria com o meu ex-noivo.
Fingindo pensar por um instante, Hector passa a mão pelos cabelos desagradavelmente, como se estivesse ponderando a