Mais uma vez, a insegurança bateu forte no peito dela.
Se eles já estavam na capital, se já dormiram ali, se já tinham passado a noite juntos… por que ele precisava deixá-la na vila para depois voltar sozinho?
Aquilo não fazia sentido.
Ele poderia fazer qualquer coisa com ela junto. Qualquer coisa.
Afinal, era seu noivo. Era o homem que dizia não conseguir passar uma noite longe dela.
Então… por que não a queria ao lado agora?
A resposta veio como um estalo doloroso dentro dela, não uma certeza, mas um medo, um sussurro amargo de dúvida:
“Ele não poderia fazer o que precisava com você presente… porque outra pessoa estaria envolvida.”
Uma única imagem passou por sua mente como um golpe:
O nome na tela do celular: A mensagem ousada. O convite.
Um nó se formou em sua garganta tão forte que ela teve que disfarçar, respirando fundo para não revelar o impacto.
O café parecia ter perdido o gosto. As mãos ficaram inquietas em seu colo e, por um momento, não conseguiu sequer olhar nos olhos