Dois meses haviam se passado desde que Sean e Alexandra retornaram de Paris, trazendo consigo não apenas as malas, mas um pacto silencioso de recomeço. A vida em Itajaí havia assumido um ritmo diferente, mais tranquilo, e a casa com quintal que eles haviam escolhido juntos era agora o seu lar.

Naquela manhã de segunda-feira, a luz suave do sol de maio invadia a cozinha, pintando o ambiente com tons dourados. O cheiro de café fresco se misturava ao aroma adocicado das flores do jardim que Alexandra cuidava com carinho. Sean estava sentado à mesa vestindo um moletom cinza e blusa branca que o deixava displicente, mas sedutor, havia perdido aquele olhar frio e calculista, substituído por um olhar profundo e apaixonado, de quem vê a vida por completo, com uma caneca fumegante entre as mãos, os olhos fixos na vista do quintal que se estendia para fora da janela. Alexandra, com seus cabelos ruivos soltos e um roupão de seda que abraçava suas curvas, preparava o café da manhã. Havia uma fami