Capítulo XXI – Armadilha para um rosto encantador, mente quebrada e olhos frios.
Sean estava no escritório de Bruno, um espaço onde a ordem dos livros e a vista panorâmica da cidade contrastavam com o caos que ele sentia dentro de si. A tensão era palpável no ar denso. Ele mal havia dormido, o coração pesado pela dor de ver Alexandra fugir daquela forma e pela culpa por não ter previsto a crueldade da exposição. Bruno acabara de retornar de uma ligação, o rosto sério, a postura do advogado que lida com a dura realidade.
"Tenho notícias sobre o e-mail," Bruno disse, sua voz grave. "Consegui rastrear o IP."
O corpo de Sean enrijeceu. Um medo gelado e uma raiva fervente começaram a borbulhar dentro dele. "E quem foi?" A pergunta era baixa, perigosa.
"Samantha," Bruno confirmou, sem hesitação. "Não houve dúvidas. Meus contatos com os hackers confirmaram. Foi um trabalho amador, Sean. Ela deixou rastros por toda parte. Praticamente gritou que era ela."
A raiva percorreu o corpo de Sean como uma descarga elétrica brutal. Ele cerrou os punhos com força, as juntas ficando