Marla chegou à casa de seus avós com algumas compras para a semana. O que ela havia proposto para sua viagem estava começando a se esgotar. Além de ter que ficar mais tempo em Tropea para pagar os dias extras à cuidadora de sua mãe, Marla colocou as sacolas sobre a mesa.
Carmina saiu do quarto quando a ouviu chegar.
-Como foi, filha? Eu não parei de rezar desde que você foi para a casa daquele demônio. - Marla soltou um suspiro.
-Trouxe algumas coisas para o almoço, você pode me ensinar a fazer o seu molho bolonhesa especial?
-Claro, filha, mas você está evitando a minha pergunta.
-E o nonno, onde ele está? - perguntou, olhando ao redor do pequeno espaço da casa. Era tão pequena comparada à gigantesca mansão de Jerônimo Caligari.
-Ele saiu para dar uma volta pela casa.
-Sente-se, Nonna, é melhor você se sentar. - A mulher olhou para ela nervosa e, pela expressão no rosto da neta, havia algo errado que ela precisava lhe contar.
-Marla, você me deixou com os nervos à flor