Emma narrando
Depois de ficarmos abraçados por longos minutos no quarto tomado por galáxias, Luke me puxou de volta para a sala alegando estar morrendo de fome. Disse que pediria algo para a gente comer e beber, mas, como toda boa dupla caótica, até nisso houve discussão.
— Pizza. — eu disse.
— Sushi. — ele rebateu.
— Luke, por favor. Sushi não combina com galáxia. — argumentei de braços cruzados.
No fim, depois de algumas caretas e acusações de "paladar infantil", acabamos chegando a um acordo: comida italiana. A mais neutra das guerras. Passei o número do restaurante para ele e fiquei escutando enquanto fazia o pedido, todo formal e descolado ao mesmo tempo, como se estivesse falando com um investidor e não com uma pizzaria.
Mas claro que não parou por aí. Assim que desligou, começou o novo campo de batalha: a escolha do filme.
— Eu voto comédia. — anunciei, já abrindo o catálogo da TV.
— E eu, terror. — ele rebateu com um sorrisinho travesso.
— Luke, a minha vida já é um filme de t