Emma
Respiro fundo antes de tocar a campainha. Sim, eu tenho a chave do apartamento — mas digamos que prefiro evitar mais uma das inúmeras crises de Thomas.
Por sorte, é Giulia quem atende a porta. Ela solta um suspiro aliviado assim que me vê e abre espaço para que eu entre. Caminho até o sofá e me sento, sendo acompanhada por ela, que se acomoda ao meu lado com aquela expressão de quem tem um monte de perguntas engatilhadas.
— Ainda bem que você apareceu. Victorio e eu estávamos preocupados — diz, tensa. — Ligamos pra você várias vezes e nada. Tentamos o Luke também, mas ele ignorou completamente, não atendeu e nem respondeu mensagem.
— Se eu conheço bem o Luke, ele só estava esfriando a cabeça. Ele costuma sumir assim quando tá de mau humor — respondo com um sorriso leve. — E o seu irmão? Como ele está?
— Thomas? Está bem. Só um machucado no nariz, mas nada quebrado. Isso vai servir como lição pra ele aprender a respeitar os outros — comenta com ironia, me arrancando uma risada. —