EMMA
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A noite anterior havia superado minhas expectativas — e olha que elas não eram exatamente altas. Depois do almoço com Giulia, esbarrei em Matthew no elevador e, para minha surpresa, ele me convidou para sair. Admito que aceitei mais por cortesia do que por entusiasmo. Matthew é, indiscutivelmente, bonito, articulado, tem um sorriso fácil e sabe ser agradável quando quer. Um verdadeiro pacote completo.
Ainda assim, seria desonesto fingir que enxerguei qualquer possibilidade de algo além de amizade entre nós. Talvez porque meu radar emocional só funcione com homens completamente desequilibrados — ou porque, ao contrário deles, Matthew parece normal demais. E quem, em sã consciência, confiaria em alguém tão ajustado?
De toda forma, aceitei o convite. Ele me buscou às 19h, pontual, sorridente, impecável. Fomos a um pub com música ao vivo e, pela primeira vez em semanas, me permiti desligar o cérebro e simplesmente... existir. Bebemos, dançamos, nos inscrevemos numa compet