Emma.
Sem pensar duas vezes, corro até a porta e destranco a fechadura com o coração acelerado, abrindo-a de imediato.
E lá está ele.
Luke.
Em carne, osso e completamente encharcado, parado diante de mim com a expressão cansada, mas com aquele mesmo sorriso torto que sempre soube me desarmar.
A chuva caía firme lá fora, e ele estava pingando da cabeça aos pés. Em uma das mãos, uma mala de rodinhas que parecia ter enfrentado uma maratona. Na outra, um embrulho simples envolto em papel kraft e uma fita vermelha — singelo, mas carregado de intenção.
Eu não penso. Só sinto.
Me atiro nos braços dele, sem me importar com o fato de estar molhado, sem ligar para a roupa que estou usando ou o vinho que ainda segurava na mão esquerda. Deixo tudo cair — tudo — e me jogo naquele abraço que parecia ter sido esperado por anos.
Ele me envolve com força, deixando escapar o embrulho e a alça da mala. Seus braços me levantam do chão com facilidade, e por um instante, esqueço de tudo. Da chuva, do frio