O silêncio era uma bomba prestes a estourar.
— Você não tinha direito — sibilou Kate com a indignação fervendo dentro dela— . De me despir e muito menos de ficar nesta casa.
Grayson a olhou sem piscar e caminhou até ela. Kate engoliu em seco, mas não recuou. Mesmo assim, seus olhos — traidores— desceram um segundo.
Peito amplo, ombros largos, abdome definido e marcado. Cada músculo tenso sob a pele. Grayson estava esculpido como uma maldita provocação. E essa calça cinza baixa, que mal cobria o necessário, não ajudava em nada.
— É minha casa — disse ele, frio como o aço.
Kate soltou uma gargalhada seca.
— Você me deu, lembra?
— Mas ainda sou eu quem paga — replicou, erguendo os ombros como se não importasse— . Cada conta. Cada gasto. Cada centavo que você respira aqui... ainda é meu.
Ela revirou os olhos e estava pronta para lançar uma resposta carregada de veneno, quando a voz de Grayson mudou. Baixou o tom, mas subiu a temperatura.
— Assim como você... ontem bebeu até perder