Ângela Rosibel apaixona-se pela primeira vez por um rapaz e, apesar de ele ser mais velho do que ela, acha-o extremamente atraente. Mario José é um rapaz dominante que, através de uma aposta com os amigos, consegue levar para a cama com ele a rapariga mais ridícula da escola, Ángela. A rapariga descobre a aposta pelo próprio Mário José, o seu coração parte-se em pedaços quando descobre a verdade e decide afastar-se deste homem. Os anos passam e não se voltam a ver, até que um dia ela vai a uma empresa para uma entrevista de emprego e fica surpreendida ao descobrir que o seu primeiro e único amor é o diretor-geral. Mário José vai tentar a todo o custo reconquistar o coração de Ângela, que se apaixonou por ele de uma forma lúdica. No entanto, Ângela não está sozinha, dois rapazinhos idênticos ao seu novo patrão acompanham-na na sua viagem. Quando Mário José descobre, fica furioso e deposita a seus pés todo o tipo de presentes para que ela o perdoe e lhe dê uma segunda oportunidade.
Leer más- Mamã, para onde é que vamos? -perguntou o pequeno Alex, ao ver a mãe a arrumar à pressa os pertences de todos em três malas.
- Vamos para outro país, meu amor. -respondeu-lhe a mãe atenta.
- De avião, mamã? -perguntou o outro filho, o mais terrível dos gémeos.
- Claro que sim, sei que gostas muito dessas coisas e é por isso que vamos viajar num deles.
- Sim, adoro-te, mãe, és a melhor do mundo! -gritaram os dois ao mesmo tempo e abraçaram-se à cintura dela.
Há sete anos...
- Prometo-vos que não vos vou desiludir, meus queridos pais, serei uma boa aluna e tornar-me-ei licenciada em Gestão de Empresas, como sempre sonhei. Vou trabalhar durante algum tempo e depois vou criar a minha própria empresa e vocês vão ficar orgulhosos por a vossa única filha ter tido sucesso na vida.
Estas foram as palavras que Ángela Rosibel disse aos seus pais antes de partir para a cidade de San Esteban Olancho, onde viverá com a sua madrinha enquanto completa os seus estudos secundários e superiores.
É uma rapariga muito bonita, tem um corpo bonito com atributos físicos proeminentes e bem definidos, cada um no seu lugar. É de baixa estatura e a sua cor de cabelo é muito peculiar, ruiva de nascença.
É uma rapariga muito especial, com vontade de estudar para poder ajudar os pais no futuro e assim poderem descansar.
Por ser muito tímida e ter vergonha do seu corpo, usa roupas largas para ir à escola e todos os dias usa um boné diferente na cabeça para cobrir o seu cabelo ruivo, pois a maioria das raparigas da escola tem cabelo louro ou preto natural e ela pensa que, quando virem o seu cabelo ruivo natural, vão gozar com ela ainda mais do que já fazem por usar roupas que não estão de acordo com as roupas que as raparigas com recursos económicos elevados usam na escola.
Na zona do liceu há um rapaz que ela acha bastante atraente, mas tem consciência de que nunca poderá ter nada com ele, uma vez que ele está prestes a acabar o curso e ela ainda está no liceu, para além de que esse rapaz tem a fama de ter dormido com quase todas as raparigas da instituição.
Alguns meses depois...
Quase no final do ano letivo, Ângela Rosibel estabeleceu uma amizade simpática com um rapaz que também é discriminado pelos colegas, mas é discriminado porque já perceberam que ele é homossexual.
- Amiga, gostas de algum dos rapazes desta escola? - perguntou o jovem Ariel Betanzo, quando iam a caminho do refeitório.
- Não! Porque perguntas? -não estava à espera que lhe fizessem essa pergunta tão cedo, e agora ficou nervosa.
- Pergunto porque quando olhas para o tipo a quem todos nesta instituição devem respeito, os teus olhos brilham e sorris para ti mesma, e foi por isso que pensei que talvez gostasses dele.
- Não, Ariel, não gosto nada desse arrogante, além disso, vim para aqui para estudar, não para olhar para rapazes arrogantes. -A jovem respondeu com raiva e, ao mesmo tempo, estava muito nervosa, porque sentia que tinha sido descoberta pela sua alma gémea. -Mas ela nunca lhe dirá a verdade que, sim, está apaixonada por aquele rapaz impossível.
Mário José é um rapaz alto, magro e super arrogante, vem de uma família milionária, o que o faz pensar que é o melhor do liceu, para além de os seus pais serem os donos da instituição.
Um dia, no recreio, estava a brincar com os amigos e perdeu o jogo, então, como desafio, disseram-lhe que tinha de fingir durante um mês ser o namorado e estar apaixonado pela rapariga mais feia da escola, a Ângela.
- Como é que acham que vou fazer isso! -exclamou o jovem. Muito irritante, porque quem é que quereria falar com aquela rapariga despenteada? -Não aceito, é melhor lançares outro desafio e eu aceito-o de bom grado.
- Ou isso, ou vamos ter de dizer ao diretor que foste tu que obrigaste a professora de Estatística a ter relações sexuais contigo e que ela não abusou sexualmente de ti como tu fizeste crer aos teus pais e à direção da escola. -Os amigos ameaçaram-no, porque estão interessados em que ele cumpra este desafio para gozarem com ele.
- Está bem, eu faço-o! - Disse finalmente o jovem Mário José, porque sabe que os seus amigos não estão a brincar quando dizem que vão contar aos seus pais o que ele tinha feito meses antes com a professora, e tem medo porque tem a certeza que se os seus pais descobrem vão tirá-lo da instituição e ele não quer isso porque significa que terá de ficar longe dos seus amigos e dos miúdos de que gosta tornando a vida quase impossível para eles naquela escola.
Quando aconteceu o que aconteceu entre a professora e Mário José, os seus amigos não concordaram porque despediram a pobre rapariga por causa dele, por isso disseram-lhe que iam guardar segredo, mas que quando tivessem a oportunidade de contar a verdade o fariam, mas até hoje não voltaram a mencionar esse caso, até agora que consideram que é conveniente fazê-lo para dar uma lição a Mário José.
- Bem, como decidiste aceitar o desafio, a partir de hoje tens um mês para o cumprir, e se desistires antes do tempo ou se ela não te der ouvidos, então sabes que perdes a aposta e o teu segredo será revelado. -advertiram-no os rapazes.
- Uff, pelo menos só falta um mês para me formar e depois disso vou-me embora deste país para continuar a estudar, nem sequer vou ficar aqui para continuar com eles porque depois vou ser a chacota de toda a escola. -dizia o jovem Mário José para si próprio na sua mente.
- Aceitei-o contra a minha vontade, por isso não quero que me pressionem a fazer as coisas como querem, por favor.
- Não, claro que não te vamos dizer nada, tu saberás como fazer para que tudo corra como planeado, lembra-te que só tens um mês para o fazer.
- Odeio-vos a todos! Vocês não são bons amigos. -O jovem Mário José queixa-se. Ele acha que os seus amigos o traíram porque agora querem acusá-lo a ele e ao pai por algo que aconteceu no passado.
Os amigos separaram-se e foram cada um para a sua sala de aula, pois estão a tirar cursos diferentes. À hora do intervalo, Mário José sai da sala antes do fim das aulas e dirige-se a uma das cabinas para esperar que Ángela Rosibel saia.
Dez minutos depois, a rapariga aparece, mas acompanhada pelo rapaz que não a larga, Ariel.
Mário José correu para onde tinha estacionado o carro e, sem perder de vista os rapazes, saiu para a rua atrás deles. Poucos minutos depois, o jovem Ariel apanha o autocarro que passa perto do seu quarteirão, enquanto Ángela Rosibel espera pelo autocarro que passa no seu bairro.
Mário José aproveitou o facto de ela ter ficado sozinha, ligou o carro e parou onde a rapariga estava, baixou o vidro da janela do passageiro e falou com ela.
- Olá Ângela! Se me permitires, posso dar-te boleia para casa. -A rapariga olhou para ele de uma forma estranha, pois em momento algum lhe passou pela cabeça que ele alguma vez falasse com ela, muito menos hoje.
- Está a falar a sério? - perguntou a inocente Ângela Rosibel, ainda incrédula.
- Claro que estou a falar a sério. -respondeu-lhe o rapaz com um sorriso falso no rosto.
- Bem, está bem, dá-me boleia. -Ela concordou, embora estivesse nervosa e excitada ao mesmo tempo.
- Como estão a correr as aulas? -Mario José está a tentar fazer conversa, fingindo estar interessado na sua vida de estudante.
- Este ano tem corrido tudo bem, graças a Deus, e agora estou entusiasmado porque falta pouco para o fim do ano letivo e vou de férias.
- Sim, isso é muito bom. E onde é que vais passar as férias?
- Vou passar as férias na aldeia com os meus pais e vou aproveitar para festejar o meu décimo nono aniversário com eles. Voltarei para o ano. -A rapariga fala com uma emoção evidente.
- Estou muito feliz por ti e espero que no próximo ano te decidas mesmo a continuar os teus estudos e não fiques parada onde estás.
- O próximo quarteirão é onde eu moro, por favor deixe-me três casas antes para que a minha madrinha não veja que eu não cheguei de autocarro.
- Perfeito princesa, deixo-a aí mesmo!
- O que é que disse? - perguntou a rapariga, ainda sem acreditar no que tinha ouvido.
- És uma princesa, Ângela, gosto muito de ti, mas nunca me atrevi a dizer-te isso. -confessou o jovem, aprofundando o seu papel de conquistador.
- Gostas mesmo de mim, tu que tens fama de mulherengo? perguntou a rapariga inocentemente, e o rapaz que já estava a ficar irritado só de falar com ela, quanto mais agora que decidiu ir direto ao assunto e dizer-lhe que gosta dela. Mas ele está determinado a sacrificar o seu orgulho e a ir em frente com o jogo de a trair, tudo para que os seus amigos não contem ao pai a verdade sobre o incidente com a professora no ano anterior.
- É isso mesmo, o que me dizem de amanhã, depois das aulas, irem comer um gelado a qualquer lado?
- Bem, vamos embora quando sairmos. -Ela saiu do carro do rapaz e dirigiu-se para a casa da madrinha. Não lhe vai dizer, de momento, que o rapaz de quem tanto lhe falou durante todo o ano confessou que também gosta dela.
Flashback
Há meses atrás, Ângela Rosibel chegou a casa da escola e perguntou à sua tutora se podiam falar, uma vez que a sua querida madrinha lhe disse que, quando precisar de falar com alguém sobre alguma coisa, não deve hesitar e dizer-lhe que a ouvirá sempre, tal como os seus pais lhe disseram que a apoiarão em tudo o que ela decidir, desde que seja para o seu próprio bem.
- Madrinha, há um rapaz de quem gosto na escola.
- Oh minha menina, é muito normal apaixonarmo-nos por qualquer rapaz quando estamos a estudar e ainda mais na tua idade, acho que todas nós já passámos pelo mesmo, por isso não fiques vermelha com essas bochechinhas, apaixonarmo-nos por um rapaz é muito normal.
- Sim, madrinha, mas o problema é que esse rapaz é um dos miúdos ricos da escola e nunca vai olhar para uma cretina como eu.
- Não desesperes minha menina, deixa passar o tempo e depois veremos o resultado.
Fim do flashback
Hoje é um dia muito importante para a família: chegou a data prevista para o nascimento da filha de Owen. Ele está ansioso por a ter nos braços, mas uma notificação vira-o de pernas para o ar.-Lamento, senhor, mas não pode entrar. -O médico informou-o.-Mas porque é que eu não posso, se sou o pai da criança? -gritou o rapaz.Este hospital tem as suas regras e é preciso respeitá-las. -Se uma mulher vem dar à luz e o marido a acompanha, mas não estão legalmente casados, o homem não pode entrar e, portanto, ela vai dar à luz sozinha.-Que coisa ridícula de se dizer! -disse ele, zombando.Só estou a informá-lo das regras, tenho pena que não seja casado com a futura mãe, mas não pode entrar e vai ter de esperar aqui fora. Ou a não ser que decida agora mesmo pedi-la em casamento e ela aceite.-Está bem? -Agora os olhos dela brilham de esperança.-Claro que sim, desde que ele a peça do fundo do coração.-Heh, sim pá, é isso que eu quero fazer mais do que tudo. Mas infelizmente ela não me va
No início, Mário José estava aborrecido por não conseguir ver nada, além de ter as mãos atadas a cordas diferentes pelo mesmo motivo, mas quando o irmão lhe explicou que tinha uma ligadura numa parte da cara que lhe tapava os olhos, acalmou-se.-Irmão, tens um galo na cabeça e também na testa, por isso puseram-te uma ligadura para tapar tudo e, se acordares, não te tocares e te magoares. -explicou calmamente.-Owen?-Sim, irmãozinho, sou eu. Aqui estou eu, nunca saí do teu lado à espera deste momento maravilhoso porque sempre tive fé que voltarias à vida.Desculpa não reconhecer a tua voz, mas sinto-me demasiado fraco.Não te preocupes, irmão, eu compreendo-te muito bem e não te censuro.Os médicos chegam espantados com a notícia de que o doente que se pensava não ter qualquer hipótese de acordar, o fez sem qualquer problema. -Está tudo bem, não há sinais de cegueira nem de amnésia, é um caso único em mil. -Comentou um médico. -Talvez no momento do golpe ele tenha ficado com a mente a
Ângela continua a insistir em perguntar pelo estado de saúde do marido, mas Owen diz-lhe que ele está bem e que virá vê-la em breve. Ele está confuso, porque o agente lhe disse que talvez o irmão não estivesse no carro, mas Ângela garante-lhe e jura pelos filhos que eles estavam juntos quando o acidente aconteceu.-Porque é que me perguntas tanto se o Mário estava comigo? -Achas que estou louca ou que são tudo alucinações minhas? A rapariga fica zangada sempre que Owen lhe pede para tentar lembrar-se um pouco mais claramente se Mário estava mesmo com ela. Ele teme que, devido aos golpes que recebeu, ela esteja deslocada e na sua mente pense que Mário estava com ela.O estranho é que o irmão dela nem sequer atende o telemóvel, o acidente aconteceu ontem à tarde e ainda não há notícias do seu paradeiro. Owen já comunicou o seu desaparecimento e as autoridades lançaram uma busca exaustiva para tentar localizá-lo, na esperança de que ainda esteja vivo.Vários guardas florestais também se
Ângela deu uma nova oportunidade ao homem que ama, como se costuma dizer: o amor tudo suporta. Ela não tinha planeado fazê-lo, mas ver que o homem se esforçou por ir à terapia com o psicólogo e depois à reabilitação fê-la acreditar na força de vontade que ele tem para recuperar a sua família.-Como é que conseguiste tirar parte da minha roupa? -perguntou ela, enquanto ele carregava uma mala com algumas das suas coisas pessoais, e ele já estava bem preparado para o que ia fazer e que finalmente saiu totalmente vencedor.-Quem é que achas que me ajudou?-Daniel! - exclamou ela, confiante. Ela sabe que, neste momento, ele é o único da família que ajudaria o pai em tudo o que ele lhe pedisse.-Adivinhaste, minha querida.-Esse rapazinho é um completo plebeu. -disse ela, sorrindo.Os meus filhos são uns queridos devido à educação que lhes deste, amo-os com todos os seus defeitos e virtudes.-Se voltares a fazer isso, acredita que não nos vamos embora hoje. -advertiu a rapariga, enquanto o
Na cabana...Mário José está muito triste, mas pela felicidade da mulher que ama é capaz de sacrificar o seu orgulho para a ver ao lado de outro homem que soube conquistar o seu coração sem a magoar.Ângela está na salinha, sorri ao ver a cara de abatimento de Mário quando ele lhe diz que deixará o caminho livre para que ela seja feliz com quem quiser. Mas o que o homem não sabe é que ela só quer ser feliz com ele, não há outro homem na sua vida senão ele.-Mario, vem para o quarto, por favor, é a última vez que te digo isto. -Pediu ele com um grito tremendo de dentro do seu quarto.Eu disse-te para ires dormir, estou muito confortável aqui no sofá. -O homem respondeu pela terceira vez.-Bem, quem perde és tu", exclamou ela.-Que mais vou perder para além de ti? -perguntou ela mentalmente.-Então não vens? -Angela insistiu.-Não, estou quase a dormir e não me quero levantar. -respondeu o homem, mas não aguentou a curiosidade e levantou-se da poltrona para saber o que a rapariga mencio
Nessa noite, o ambiente na cabana era diferente. Ângela esperou que o homem adormecesse, mas ele não adormeceu. Receou que, devido ao sangue coagulado dos golpes que ela própria lhe tinha dado, o homem tivesse desmaiado e saiu do quarto para o procurar.-Mário, o que estás a fazer aí, vais congelar, rapaz! -exclamou Ângela em desespero. O homem está fora da cabana, sentado num banco de madeira. Olhando em frente para a floresta, só reage à segunda chamada.-Linda, o que estás a fazer aí fora, por favor entra. -pediu com carinho e respeito.-Tu também vens, vais ficar doente se ficares lá fora muito tempo.-Daqui a pouco vou ter convosco, por agora fico aqui a admirar as estrelas. Ele não conseguia pensar em mais nada para dizer, mas a rapariga não se apercebeu de que ele estava a mentir, porque nem sequer se consegue encontrar uma estrela no céu, porque a noite está meio chuvosa e as nuvens escondem todas as estrelas.-Então eu fico aqui a fazer-te companhia. -Sentou-se ao lado dele,
Último capítulo