Andrews Smith
O som da porta se fechando atrás de mim reverberou por todo o apartamento como um tiro abafado. Meus passos eram pesados, quase furiosos, enquanto cruzava a sala ampla, moderna e impecavelmente organizada. Cada móvel, cada detalhe, cada linha daquele espaço refletia controle, ordem e poder. Ou, pelo menos, era o que deveria refletir.
Mas nada, absolutamente nada, parecia ser capaz de conter o caos que explodia dentro de mim naquele momento.
Meus dentes rangiam, o maxilar latejava de tanto apertar. As mãos estavam fechadas em punhos, tão tensas que os nós dos dedos já estavam brancos. As veias dos braços saltavam como cordas prestes a se romper.
Maldito. Maldito Evan Médici.