Três dias depois do almoço de família
O sol entrava pela janela do quarto, iluminando a cama desarrumada. Evan estava recostado contra os travesseiros, com o celular em mãos, mas a mente em outro lugar. Desde cedo arquitetava um pretexto para convencer Irina a ceder ao que tanto desejava. O curativo no abdômen era perfeito: limitação suficiente para arrancar dela um pouco de piedade. Ou de provocação.
Quando Irina apareceu na porta com uma pilha de toalhas, o vestido leve marcando a silhueta, Evan largou o celular de lado e fez o melhor papel de coitadinho da história.
— Amor… — chamou, num tom manhoso.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— O que foi agora, Evan?
Ele suspirou fundo, levando a mão ao curativo.
— Eu preciso de banho. Mas… não consigo me lavar direito.
— Aham… — ela estreitou os olhos, cética. — E quer que eu acredite que isso é sobre higiene?
O sorriso dele, lento e malicioso, respondeu por si.
— Se você não me ajudar, vou cheirar a hospital. E aí, pequena, a culpa vai ser tod