A garrafa de vinho tinto já estava pela metade, e o apartamento de Natália estava tomado por gargalhadas e almofadas jogadas no chão. Irina estava com os pés descalços, um moletom largo e as pernas cruzadas no sofá, ainda tentando digerir os dois encontros mais intensos e contrastantes da sua vida.
Nicole, de pantufas de coelho e um coque torto no topo da cabeça, já estava na segunda taça e ria como uma hiena das reações da amiga.
— Eu tô te dizendo — Irina balançava a taça como se invocasse uma entidade — foi como sair do céu e mergulhar direto no inferno. E sem escalas!
— Tá, pera. — Nicole ergueu uma mão, séria. — Vamos recapitular: você teve dois encontros com dois bilionários misteriosos, um te tratou como se você fosse uma deusa intocável, e o outro…
— O outro gozou em cinco minutos enquanto mandava eu girar o quadril como um “catavento de vagabunda”. — Irina completou, rolando os olhos.
Natália, que até então tentava manter a compostura, desabou numa gargalhada sonora.
— Um cat