— P-papai?
O som daquela palavra, tão frágil e carregada de emoção, ecoou pela sala como uma explosão silenciosa que paralisou todos os presentes.
Os olhos de Nicole estavam fixos na porta. O tempo pareceu suspenso. A figura parada ali, alta, imponente, com cabelos escuros levemente grisalhos nas têmporas, olhos de um azul familiar e rosto marcado pelos anos e pela dor, só podia ser uma pessoa.
Irina, ainda com a mão na maçaneta, ficou estática, o olhar vidrado naquela presença inesperada. Como ele havia chegado até ali? Como descobriu o endereço delas? Quem teria ajudado? Essas perguntas passavam como flashes por sua mente, mas nenhuma delas importava agora. A única coisa que realmente importava era