"Difícil não é pedir perdão, difícil é ser perdoado."
— William ShakespeareO silêncio que pairava na sala era quase reverente, quebrado apenas pelo sutil sussurrar do vento que entrava pela fresta da janela, mexendo as cortinas e trazendo o aroma suave das flores do jardim. Emma estava sentada na poltrona antiga de vime, com as mãos trêmulas entrelaçadas nas de Irina, que permanecia ajoelhada diante dela, com um olhar firme e acolhedor. O coração da mulher ruiva pulsava como um tambor descompassado, o peito arfava em ondas irregulares de lembranças antigas, e os olhos marejados deixavam claro que aquelas palavras, que agora ela se dispunh