63. RANGEL
Amanhecer ao lado de quem amamos não tem preço, Lira dormia tão tranquilamente que fiquei com pena de acordá-la. Então arrumar as crianças e levar para a escola ficou por minha conta!
Sei que não sou tão organizado como a mãe deles, mas dei conta do recado.
— Papai cadê a mamãe Lira que não veio nos acordar.
— A mamãe de vocês dois dormia tão bem que não quis acordá-la, deixei ela descansar até tarde.
Tomamos cafés juntos e após isso levei eles até a escola, entrei com eles no colégio, me despedi do Harry e como é bom ouvir ele chamando papai. Nina me beija no rosto, quando ia até o estacionamento ouço uma voz feminina me chamar.
— Rangel!
Paro para tentar assimilar de quem é a voz que me chama, voz essa que eu conheço de alguns lugar e ao olhar para trás, vejo uma miragem ou estou ficando louco de vez, ouvindo a voz de quem já morreu, vejo Clice, ela está a minha frente, muito diferente da mulher que foi a minha esposa no passado, mas não pode ser ela, Clice morreu! Pisco os olhos