O silêncio daquela madrugada só era quebrado pelo som da nossa respiração, Briana adormeceu agarrada a mim, toda encolhidinha no meu peito, como se o meu corpo fosse abrigo... e, na verdade, era, sempre seria.
Fiquei um tempo só observando ela dormir... o rosto relaxado, os lábios entreabertos, a respiração calma... parecia um anjo. Um anjo que, de alguma forma, Deus mandou pra mim, pra consertar os pedaços quebrados da minha alma.
Deslizei a mão devagar pelos fios do cabelo dela, ajeitando uma mecha que teimava em cair no rosto, e sorri, um sorriso bobo, desses que a gente não consegue controlar. Porque, pela primeira vez em muito tempo... talvez pela primeira vez na vida... eu tava em paz de verdade.
O meu peito subia e descia devagar, no mesmo ritmo da respiração dela, como se nossos corpos tivessem sincronizados, passei o braço pela cintura dela, apertando de leve, só pra ter certeza que ela tava ali, real, minha.
Don Niklaus: É a minha mulher... — murmurei, roçando os lábios