BRANCA
Está sendo um pouco cansativo lidar com os aparecimentos das personalidades. É divertido? Sim. Porém é cansativo.
Depois de lidar com a Flor e o Messias, eu quero acordar com Florian. Sinto tanta falta dele. Parece que estamos longe há anos. Sinto falta do toque dos seus dedos no meu rosto, do tom rouco e suave só dele quando me chama de amor.
Mas não é isso que acontece. Cinco da manhã tem um cara de bermuda e segurando uma prancha no quarto. Ele faz algum barulho que não sei identificar e me acorda.
Estou sonolenta demais para raciocinar. Me sento na cama, um pouco desorientada.
— Bom dia, sol! SF ao seu dispor.
Ah, é ele.
— Vai surfar? — desvio o olhar dele para a prancha.
— Sim. Acordei, vi o bilhete no espelho, li o diário e estava prestes a te convidar pra um role beira mar. Curte surfe?
Que monte de informação.
— O que? Simples assim? Não vai questionar nada?
— A vida é curta, branquinha. Só quero sair e curtir o sol.
A preguiça manda eu ficar na cama e mandar esse malu