Capítulo 30

BRANCA

Está sendo um pouco cansativo lidar com os aparecimentos das personalidades. É divertido? Sim. Porém é cansativo.

Depois de lidar com a Flor e o Messias, eu quero acordar com Florian. Sinto tanta falta dele. Parece que estamos longe há anos. Sinto falta do toque dos seus dedos no meu rosto, do tom rouco e suave só dele quando me chama de amor.

Mas não é isso que acontece. Cinco da manhã tem um cara de bermuda e segurando uma prancha no quarto. Ele faz algum barulho que não sei identificar e me acorda.

Estou sonolenta demais para raciocinar. Me sento na cama, um pouco desorientada.

— Bom dia, sol! SF ao seu dispor.

Ah, é ele.

— Vai surfar? — desvio o olhar dele para a prancha.

— Sim. Acordei, vi o bilhete no espelho, li o diário e estava prestes a te convidar pra um role beira mar. Curte surfe?

Que monte de informação.

— O que? Simples assim? Não vai questionar nada?

— A vida é curta, branquinha. Só quero sair e curtir o sol.

A preguiça manda eu ficar na cama e mandar esse malu
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