Capítulo 46
HENRY
Ela me leva até a porta e eu imploro para que me deixe ficar.
— Henry, por favor, não torne as coisas mais difíceis.
— Nós podemos pelo menos conversar? — insisto.
— Henry... — sua voz sai em meio a um suspiro. Após alguns segundos de reflexão, ela aponta a cozinha.
Como uma criança ansiosa, me sento em uma das cadeiras de madeira clara.
Ela suspira novamente enquanto despeja café em duas canecas. Desliza uma delas sobre a mesa em minha direção e sorve um longo gole da outra encostada ao balcão da ilha.
— Não vai se sentar? — pergunto, puxando a cadeira ao meu lado.
— Não. — diz friamente.
— Deena, eu quero ficar com você.
— Já sabemos disso. Vamos parar de andar em círculos?
Me surpreendo com essa resposta. Não deveria ter forçado a barra, ela deve estar muito cansada do hospital e de toda essa confusão.
— Eu sei que eu não deveria ter me mudado para cá, que eu deveria tê-la conquistado com calma, mas calma é uma palavra que não existe no meu vocabulário, só que o q