A alvorada ainda não havia rompido no céu de Veradorn quando Darian adentrou os aposentos do rei Aldrak. O soberano estava sentado à grande mesa de estratégia, os olhos cansados e atentos sobre o mapa do reino. Vários alfinetes marcavam as últimas movimentações nas vilas e nas fronteiras.
Darian se aproximou com passos firmes, ajoelhando-se com um punho sobre o peito em respeito.
— Majestade. Tenho o relatório.
Aldrak fez um gesto para que se levantasse.
— Fale, Darian.
O Guardis resumiu os acontecimentos: o nome da criada, a infiltração, o brasão da casa Cobalto, a fuga súbita, e os relatos incompletos sobre a movimentação da família Cobalto, que governava Lioren.
O rei ouviu tudo em silêncio, tamborilando os dedos sobre a mesa. Por fim, inspirou fundo e se levantou, caminhando até a janela larga de pedra, olhando para os jardins ainda mergulhados na penumbra.
— Se foi realmente a casa Cobalto de Lioren, Darian… — murmurou — então acabamos de tropeçar no início de uma conspira