A floresta de Lorneden parecia viva… e faminta.
As copas das árvores se entrelaçavam acima das cabeças de Lyanna, Darian e Emma, criando túneis de escuridão onde nem a lua ousava entrar. Um nevoeiro rasteiro cobria o solo, e o cheiro de madeira úmida misturado a sangue antigo pairava no ar.
Darian ia à frente, os sentidos aguçados. O lobo dentro dele rosnava em alerta, percebendo coisas que os olhos humanos não viam. Ele ergueu a mão, pedindo silêncio, e os passos cessaram.
— Tem algo por perto. — murmurou ele, com a voz baixa e cortante como uma lâmina.
Lyanna apertou o cabo da adaga, seus olhos verdes cintilando em meio à escuridão. Ela se concentrou e sentiu uma energia antiga e distorcida rondando.
— Eu também sinto. Não é humano… e não é só um.
Emma engoliu em seco, pegando a faca que carregava presa à cintura.
— Ótimo. Me meti mesmo na toca dos bichos…
Avançaram mais alguns metros, até que Darian parou ao lado de uma árvore grossa. Havia marcas profundas de garras na madeira — l