A sala de contenção está mergulhada em sombras.
O cheiro de sangue fresco e suor saturado se mistura ao metal frio das correntes.
Três dos invasores estão amarrados às cadeiras de aço, os rostos cobertos de hematomas, os olhos ainda desafiadores.
Eu os observo de trás do vidro da cabine de vigilância, um espaço isolado, à prova de som, onde Alfas podem assistir sem interferir.
Infelizmente, é o protocolo.
Mas hoje, este protocolo me enoja.
Serys está lá dentro com os guardas.
Eles não hesitam.
Punhos, lâminas, garras.
Nada é poupado.
— Onde está a Ômega? — rosna um dos soldados, segurando o invasor pelo colarinho.
Silêncio.
Cuspe.
Mais dor.
O segundo prisioneiro ri.
Um som rouco, quebrado.
— Vocês estão atrasados. Ela já está a caminho do leste.
Serys se aproxima, os olhos estreitos.
— O que há no leste?
O invasor hesita.
O terceiro, o mais jovem, murmura algo.
Baixo.
Quase inaudível.
Mas eu ouço.
— Zar'Fen Ulmora... esta noite.
O mundo para.
O nome ecoa dentro de mim como um trovão a