O primeiro sinal de terra à vista foi recebido com bastante alegria pelos tripulantes do The Angel. No convés, Amira observava em silêncio a alegria e o entusiasmo dos ingleses que voltavam para casa, mas o que ela sentia era medo. O vento frio fazia com que as capas de roupa que usava colassem ao seu corpo, e uma sensação de pânico a envolveu. Respirou fundo mais uma vez. Chegara à Inglaterra, chegara ao país que, agora, seria o seu novo lar. Sentiu lágrimas se formarem em seus olhos, mas recusou-se a chorar. Seria forte, sobreviveria a isso. O porto de Londres estava cada vez mais perto e elementos da cidade estavam, assim, mais visíveis. Por trás dos enormes caixotes de madeira que constavam nos navios, prédios escuros iam aparecendo; no céu, vários pontos de fumaça completavam a cena. Muitas pessoas caminhavam de um lado para o outro nas ruas.
— Assustador?
Amira virou-se em um pulo diante das palavras de Tony. Um riso nervoso saiu de seus lábios.
— Bem, não se parece com o que eu