Então sua esposa estava nervosa. Tristan segurou a sensação de satisfação. Colocou-se no lugar da mulher a sua frente. Ela era, sem dúvida, admirável. Para quem nunca saiu de um palácio antes, ela agora estava a milhares de quilômetros de casa. Um oceano, para ser mais específico. Observou-a durante toda a viagem a navio, ela tinha uma espécie de imã que captava a sua atenção mesmo sem querer. Percebeu que seu humor foi mudando com a aproximação de Londres. Ela estava com medo. Sentiu-se um idiota por não ter feito nada para tentar acalmá-la, afinal era de sua responsabilidade o bem-estar da moça. Na carruagem, observou que ela repetia palavras em inglês durante todo o percurso, falava tão baixo que ele demorou alguns momentos para descobrir o que ela fazia e, no momento em que foi descer da carruagem, a sua corajosa esposa fraquejou. Suas mãos estavam nela antes mesmo de Tristan pensar, na cintura delgada e fina, que, mesmo com a capa, pôde sentir em seus dedos com precisão. Respirou