Dorian entrou no prédio espelhado da Villeneuve Corp sentindo o peso do dia antes mesmo de alcançar a cobertura.
O elevador subia em silêncio, refletindo sua expressão impenetrável nas paredes metálicas.
Ele já previa a tempestade que o aguardava.
Depois do almoço caótico entre as famílias, seria ingenuidade esperar que o pai deixasse as coisas como estavam.
Oscar Villeneuve nunca deixava.
E, pior ainda, sempre cumpria suas ameaças.
O sinal sonoro anunciou a chegada ao último andar.
Dorian passou pela recepção sem dizer palavra, e sua secretária apenas inclinou a cabeça, ciente de que qualquer tentativa de conversa seria em vão.
Ao atravessar as portas de vidro da sala de reuniões, seus olhos foram direto para a redoma de cristal sobre a prateleira.
Dentro dela, a máscara prateada usada por Francine no baile em sua mansão repousava como uma lembrança viva do ponto de virada em sua vida.
Por um instante, ele parou diante dela.
Aquela máscara representava tudo o que havia mudado desde e