Dorian já havia adotado uma nova rotina sem perceber.
Desde que Francine deixara a mansão, passou a tomar o café da manhã na cozinha, hábito impensável para ele até então, apenas para ouvir da boca de Malu qualquer notícia que pudesse existir sobre ela.
Naquela manhã, a cozinheira parecia desconfortável com as perguntas insistentes.
— A Francine já conseguiu um lugar pra ficar — disse, ajeitando a toalha sobre a mesa. — E já está trabalhando também. Está bem… e continua sem querer notícias do senhor.
Dorian fechou os punhos. A resposta seca atingiu-o mais do que gostaria de admitir.
— Malu… pelo menos me diga onde ela foi.
Ela ergueu o queixo, firme.
— Se quiser, pode até me demitir, mas eu não conto.
O olhar dele endureceu, mas não havia frieza suficiente para mascarar o desespero.
— E ficar sem notícia nenhuma dela depois disso? Nem pensar. Você continua aqui, me dando todas as informações possíveis.
Malu não conseguiu evitar uma risada curta diante daquela cena.