Vincenzo D' Angelis
O sol estava começando a nascer quando chegamos em casa. Antonella estava exausta, seus passos lentos e inseguros enquanto a conduzi para dentro. O peso das últimas horas ainda pairava sobre nós, mas o fato de tê-la de volta era um alívio que eu não conseguia descrever.
Fechei a porta atrás de nós e a puxei suavemente para perto.
- Você está bem? - perguntei, minha voz mais baixa do que o habitual. - Eles fizeram algo com você?
Ela balançou a cabeça, os olhos cansados, mas firmes.
- Eu estou... - começou, mas sua voz falhou. Ela respirou fundo e tentou de novo. - Estou melhor agora, Vincenzo. Você me salvou.
Acariciei seu rosto, sentindo a textura das pequenas marcas deixadas pelos desgraçados que ousaram machucá-la. Meu coração apertou ao imaginar o que ela havia passado.
- Você é mais forte do que qualquer um deles, - disse, tentando tranquilizá-la. - Mas, agora, quero que descanse. Não há mais nada com que se preocupar.
Ela assentiu, mas não se afastou.
- Posso