A recepção no salão de eventos ainda ecoava na mente de Leonor quando ela entrou em casa. As luzes da mansão estavam suaves, e o ar perfumado de flores frescas envolveu-a imediatamente.
Contudo, o olhar inquieto e curioso de Leonor denunciava que algo a havia perturbado. Dean estava no escritório, revisando relatórios, o paletó pendurado na cadeira e a expressão exausta no rosto. Ela entrou sem bater, apoiando a bolsa na mesa lateral.
— Hoje vi algo bastante desagradável — começou, ajeitando o cabelo e se servindo de um copo d’água. Ele ergueu os olhos, revelando uma paciência esgotada, e disparou: — Aconteceu alguma coisa com a Roxy?
— Não, — respondeu ela, com um desdém leve. — Falo do evento beneficente da Fundação Dickson. Fui com a esposa de um dos acionistas. Dean voltou a olhar para os papéis, casualmente desinteressado.
— E o que tem de tão “desagradável” nisso?
Leonor cruzou as pernas, saboreando a curiosidade que sua