Dean ajeitou o cobertor sobre o corpinho de Roxy, observando o rostinho tranquilo da filha adormecendo no berço. A luz suave da manhã atravessava as cortinas, banhando o quarto num tom dourado que aquecia a alma.

O ar estava impregnado com o suave cheiro de talco e leite, criando uma atmosfera de serenidade que parecia tranquilizar até mesmo os pensamentos mais conturbados. Inclinou-se, roçou de leve o dedo na bochecha da menina e murmurou, com uma ternura que nunca soubera que possuía: — Papai volta logo, minha pequena. Era um compromisso silencioso, uma promissória de que, apesar das dificuldades que estavam por vir, ele sempre estaria lá para protegê-la.

Rachel, à distância, observava em silêncio. O gesto dele a desarmava. A forma como ele olhava para a filha, a doçura contida naquele homem geralmente sério, trazia lembranças que ela tentava enterrar.

Cada vez que Dean se envolvia com a menina, ela se via involuntariamente lembrando de Brent — o marido que não