Capítulo Dez

Mais tarde, eles voltaram. Dessa vez, era mesmo a Assistente 44. Aplicaram-me mais um soro na veia, então dormi por mais algum tempo. Ouvi alguém falar sobre "choque circulatório leve". Acariciaram-me mais uma vez. Quando eu acordei, estava num outro quarto, esse um tanto mais amplo; todas as paredes eram cobertas por espelhos. As feridas tinham sido fechadas de alguma forma.

Por horas, tudo o que fiz foi me manter quieto num canto, de cabeça baixa. Por fim, não tendo como desviar o olhar, comecei, pouco a pouco, a ver meu rosto no reflexo desconhecido.

Meu queixo felizmente ainda era o mesmo.

Eu permeava um torpor, como se sempre estivesse com sono. Já não podia contar os dias que passavam. Ao longo do tempo, eles continuavam bombardeando meu organismo com seus tranquilizantes, disso eu sabia.

— Precisamos nos certificar de que você está mais cooperativo — alguém explicou em

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