Maya saiu da sala do diretor com um olhar abatido, mas aliviado. No mínimo, isso poderia manchar sua ficha profissional ou até mesmo ter custado seu emprego. Eu a observei sair da sala, mantendo a postura rígida até que a porta se fechasse novamente.
— Dr. Dante, precisamos discutir a gravidade do que aconteceu esta noite. — A voz do diretor soou pesada, carregada de desaprovação.
Cruzei os braços e encarei-o, mantendo meu tom de voz controlado.
— Não há nada para discutir. Aquele era o único procedimento que daria uma chance de vida para aquela criança. Se tivéssemos esperado mais alguns minutos, ela estaria morta. A enfermeira que acabou de sair tentou todas as salas, mas nenhuma estava vaga.
O diretor suspirou e passou a mão pelo rosto, visivelmente frustrado.
— Não estou questionando a sua capacidade ou sua intenção, Dr. Dante. O problema é que você quebrou normas rígidas do hospital. Há protocolos que precisam ser seguidos. Você sabe disso.
Segurei o encosto da cadeira que estava