Meu coração acreditou na promessa, o apertei ainda mais contra meu corpo, sentindo seus dedos deslizarem pelos meus cabelos. Inconscientemente o choro voltou, dolorido, sussurrado, medroso. David não disse nada, só me manteve ali, protegendo-me de algo que nem ele mesmo sabia o que era. Passaram segundos, minutos, nem sei, até nos encararmos.
— Quer dar uma volta? — ele inquiriu. — E se você quiser me contar o que aconteceu, tudo bem.
Aquiesci, sentindo a confusão que devia estar no meu rosto.
— Preciso de cinco minutos.
— Ok. Não vou a lugar nenhum.
— Obrigada! — Meu coração agradeceu um pouco mais brando. Esforcei-me em deixar um singelo sorriso antes de correr para dentro, espiei mamãe antes de ir para o meu quarto, graças a Deus ela dormia tranquilamente. Substituí meu pijama por uma calça legging e um moletom grande que passava do bumbum, calcei meu Converse, fiz um coque desgrenhado no cabelo e peguei meu celular. Quando pisei na calçada, Dav