— Nossa, acho que nunca senti tanta fome — falei sem conseguir colocar mais nada na boca. Tornei-me uma esganada faminta, excitada.
Dois toques suaves na porta.
Um sorriso involuntário de dona encrenca a caminho da entrada anunciava problemas. Raciocinei: Marcos não costumava bater à porta, ele era de casa, então... quem...
— DAVID! — Engasguei-me, tossindo descontroladamente.
— Aurora, levanta os braços, ajuda muito — ela sugeriu, gozando com a minha cara. O que me restou era tentar não morrer engasgada.
— Tá melhor, amor? — David avaliou o rosto vermelho, enquanto eu me esforçava em respirar.
— Sim. — Encarei-o confusa. — O que faz aqui?
— Eu o convidei. — Ela não só respondeu como o serviu de café. Hey, alguém me atualiza? — Sente-se e coma alguma coisa, David, antes que a esganada da Aurora acabe com tudo.
Meu noivo depositou um beijo casto na minha testa e se acomodou na banqueta ao lado.
Sorri boba.
— Obrigado pelo convite, Ana.
— Fizeram isso nas minhas costas? — Apontei de um