Breno ainda estava se recuperando no hospital, então quem veio buscá-los foi Dante.
Sentados no banco de trás, Charles respirou fundo e, com suavidade, segurou a mão fria de Olívia. Ela não recuou, deixando que ele entrelaçasse os dedos com os dela, sentindo o calor que vinha de suas mãos.
— O Benjamin queria vir a todo custo, mas eu não deixei. — Disse Charles, com a voz baixa.
— Entendo sua preocupação. O Benjamin está morando com a Samara todos os dias agora, e ele teme que ela perceba algo e fique mal. — Olívia suspirou, o som carregado de melancolia. — Afinal, a Vilma cuidou da Samara por tanto tempo, que elas deixaram de ser apenas patroa e empregada e se tornaram amigas.
Enquanto falava, sua voz foi perdendo força, carregada de uma emoção que a fez quase engasgar.
— Vivia, não chore. — Charles sentiu o coração apertar de dor ao vê-la assim. Com um gesto terno, passou o braço forte pelos ombros trêmulos de Olívia, puxando-a delicadamente para seu peito. — Vilma, lá de onde está,