No quarto do hospital, Dora estava debilitada, encostada na cabeceira da cama, com um soro pendente ao seu lado. A luz da manhã iluminava seu rosto pálido.
— Dora... — Olívia a chamou suavemente, com os olhos vermelhos.
Ela teve dificuldade em reconhecer a mulher diante dela, tão magra e abatida, como a mesma jovem vibrante que sempre fora sua aprendiz.
— Mest... Mestra? — Dora ficou paralisada por um momento, escondendo o braço com a agulha sob as cobertas.
— O que aconteceu? — Olívia sentou-se ao lado da cama, segurando gentilmente a mão de Dora, com um olhar preocupado. — Como você acabou assim? Quem te fez isso?
Dora mordeu o lábio.
— Me conte o que aconteceu! Eu vou fazer justiça para você!
— Eu só tive uma crise de hipoglicemia, não é nada grave.
— Até agora você não diz a verdade? Você não sabe que tem problemas cardíacos? Por quanto tempo mais você pensa que pode me esconder isso? — Olívia estava furiosa. Ela apertou a mão de Dora com força. — Meu irmão disse que você recebeu u